terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Ferir! Ferir!


Ferir! Ferir!


Se por acaso partires quem decidira

O tempo presente, o futuro irá;

Em delírios perder-se em lamentos

Tornado nocivo teu ungüento.


- Ferir! Ferir! Um, dois, três corações.

E para que ferir? Tão meigas emoções...


Vibrante! A emoção suspeita

Em sussurros abandona, espreita.

Calada em arder-se com ira

E inflamando com desdém as feridas.


- Mentir! Mentir! Um, dois, três flagelos.

E para que ferir? Com desprezo aos sinceros...


Na mágoa uma singular criança

E sorte na mágoa que lhe fará?

Em gemidos de dor no âmago irá

Sorte findar em amar ou morrer

E jaz verdade de mentiras mentidas

Quanto da tua cólera à criança amiga?


- Desferir! Desferir! Um, dois, três flagelos.

E para que ferir? Tantos corações sinceros...


Longe vai e não se definirá?

Em inocência menina definhará

E meiga sussurrará esperança...


Se mentires em cólera ao sofrer,

Que te lhe farei com a verdade inibida

Por acaso tornou-se o teu coração viga?


- Sorrir! Sorrir! Um, dois, três corações.

E para que Ferir? Irônica todas as emoções...


Faz-se, e desfaz-se, por quê? Para que?

Ingênua, intrigante, irradia irrelevante,

Esperança ou sofrer de amor: Não de amante.


- Por que, Para que tanto odiar?

Feriu, mentiu, desferiu, sorriu.

Contra aquele grande amar...

Desde o dia em que tua sombra viu.



(Gabriel de Alencar)

Um comentário:

Anônimo disse...

POIS E.