Descravo
- Descravo-te a minha poesia
Como se ela não fosse tua
Sem forma suave nem nua,
E sim vestida em mágoa e liturgia.
Essa não possui vícios nem maledicência
Antes, pois simplesmente vive a dormência.
Da tua alma e do teu lamento
Espreitando o teu meigo sofrimento...
Esses humildes versos escritos
Nunca haverão de ser recitados
Pois não são obra de bastardos
Nem tanto leigos mitos.
São os sussurros tentados da terra
Que desenham e conturbando a guerra
Do espírito inibido do ultimo rúnico
Que dentre homens: nunca visto ÚNICO.
(Gabriel de Alencar)
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