terça-feira, 14 de outubro de 2008

As três faces da mulher

(Triskle)
Ao longe paira na relva
Com uma face pálida e meiga
Como a águia em seus dias
De dor de angustia e reviver.
Lívida de lembranças a chorar
Em suas câmaras cefálicas
Esquecidas, mortas, dispersas.
Longe num pensamento...
Presa entre pestes agonizantes
Oh! Lembra ao menos.
- Confesso! A tua infância
Desfloraram nos meus braços.
A tua inocência menina,
Perdeu-se em meu toque
E as tuas labutas belas
Esquecera nos meus lamentos.
Sois e Luas resplenderam
Ao longe tão simples a findar
Tão febris alentos delicados,
Tão mornos olhares amados.

-Calai-te! E apenas suspira
O ar que esta noite esfria
E alenta-me com tuas birras.
Despe-te da Infância agora
E sonha o que sempre quis
Velando-te hei de ficar
A velar-te nesse sonho teu.
Meu amor e vivencia com a tua
Traga-o aos braços do pai
O amado filho meu.
Gabriel de Alencar

Amgine



Amgine

Aiseop aciténerf! aiseop,
Arutircse me aleb sam a
Airf e asoutluv sam a atse e
Arutatse agiem e asounis moc.

Asorp, amir. ralaf on aneuqep
Asor adasip e adasnac a
!Ensic- agima etnama

Saud ed amgine mu
Suan setnaosnoc, saneuqep siagov
______- selpmis emon mu e


Gabriel de Alencar

E a boca quis falar


E a boca quis falar

Vazeas sombrias,
Que vosso coração espreita
E treme, chora, soluça
Pelo louco que vos vela.

Tu que és um sussurro
Olhai adiante dos olhos
De teu príncipe rústico
E enxergas a palidez do olhar
Desfalecido de um mudo.

Esse teu vulto calado
O lorde do teu pranto, labuta
Canta com a boca muda
Costurada pelas veias do amor.

Esta boca que pôs-se
Muda a recitar versos,
Num esforço quis falar-te
Porém, as veias prenderam-lhe
E os lábios então partiram-se.


Gabriel de Alencar

Prata ouro Prata


Prata ouro Prata

...Ontem vi pois a prata ouro,

De tal ápice inimitável
Crepúsculo que nasce nas sombras
Como todos os dias de outrora.

Posto ontem pois, esse brilho
A incandescer num céu indiferente,
Pois as fazes incompletas vi
Fazes que a séculos não mudava.

Temo por essa bela jóia
Vossa pérola imaculada
Que tantos dias espreitara-te
A tua doçura, meiguice e magoa.

Treme-me a carne podre
Manchada em escarlate espargido
Na minha miserável árvore vital,
Enquanto tomba-me a vida
Numa ininterrupta cadeia medonha.
-A agonizar pranteio-me frenético
E deleitando o vosso leito
Vejo a lua novamente prata...


Gabriel de Alencar