sábado, 18 de junho de 2011

Mendigos


Mendigos


Nós nos agarramos a sonhos
Porque nossa realidade é fraca.
A fome aqui não pergunta nada
E nem escolhe ninguém.

A tristeza é algo comum
E a depressão é ridícula.
Dia após dia espreitando os fracos
E os vencendo por submissão.

Os rostos que vejo nas ruas
São deprimentes suas emoções.
Momentaneamente eles sorriem
Mas vazios estão.

Hipocrisia é uma palavra comum
Embora nunca falada diariamente
É notada em cada mente.

As crianças daqui nascem como erros
Algumas indesejadas, outras excluídas
Mas todas carregam algum erro,
Que muitas vezes não existe.

Alguns culpam o sistema;
Outros simplesmente não opinam,
Mais nada fazem para mudar isso,
Pois todos estão acostumados
A se passarem por palhaços.

Marionetes de sua própria desgraça,
Acham em tudo o que vêem graça
Porque simplesmente não enxergam.
Estão cegos porque querem
Porque é dura a realidade.

Todos aqui vivem a base de migalhas
Até mesmo os ricos e poderosos,
Porque todos aqui não são intocáveis
E a ferida é certa assim que nascem.
Uns mendigando vida,
Outros mendigando pão.


Gabriel de Alencar

O amor


O Amor


O amor é como a roseira e o jardineiro
Se você não amá-la primeiro;
E não a regar ou fazer-lhe as podas.

Você nunca terá a mais perfeita das rosas.

(Gabriel de Alencar)

Cara de Palhaço


Cara de Palhaço

Em teorias compus;
Vício sangue e pus,
Entre os assoalhos da manhã
No seu tempo e espaço
A minha cara de palhaço.


Gabriel de Alencar

Do amor


Do amor


Amor, Oh!Mártir dos pacientes
Que as alegrias veta.
Traz o teu ríspido beijo
Aos lábios do poeta.


(Gabriel de Alencar)

Ironia das lágrimas


Ironia das lágrimas


A ironia repousa nas tuas lágrimas.
Lagrimas que despiram tua face
E que caem no colo, secam ao vento.

E depois Levadas são pela brisa até bramir
Ao som do orvalho ou da chuva.
A lavar a terra a lavar outras lágrimas,
Lágrimas vertidas, verdadeiras lágrimas.

Lágrimas que passam do outono a primavera
Que regam desde os lírios às matas
E que tu matas no teu egoísmo sórdido
O calmo seio já mórbido
Da vasta mata.

(Gabriel de Alencar)