sábado, 19 de abril de 2008

Fetos


Fetos

Projetos de cadáveres imperfeitos
De aglomerado de Células, Genética
Massa de pó, Sussurros de vida. Frenética
Vibração de nobres preceitos.

Sinfonia que delira no interno,
Com expressões puras e vibrantes
Que com o passar se tornam amantes.
De uma loucura, um inferno.

Fixa-se na infância amiga,
Cresce no escárnio da adolescência
Despede-se da sorte da decência
E morre entre lençol e viga.




Gabriel de Alencar

Amor corrompido


Amor corrompido

Uma inquietação, um murmúrio irritante.

As frases nobres da negra tristeza,

Magoas sem brilho e beleza

Num rosto cansado sem semblante


Nefasto amor agonizante

Nas trágicas horas és sem firmeza

Horas do escárnio e da incerteza

Impregnadas num ser errante.


Não passas tu de pura vaidade

És cheio de sagacidade

E a vida contigo desgraça.


Até quando serão esquecido os preceitos

Dos românticos poetas eleitos,

Que na audácia da vida te deram a graça.

Gabriel de Alencar

Solitary Symphony




Solitary Symphony

Parece olhar terno

De vivência dolorosa e sentida

Mas, não ah nada alem de uma fera perdida.

Esquecida pelo Sempiterno,


Vive no escárnio, no frio do inverno

Podre! Cheio de chagas e feridas,

Pois sempre ultrapassou as suas medidas

Dessa vida, desse inferno.


Sorriso ele tem no rosto

Um sorriso sombrio mórbido frenético,

Apenas um ser patético!


Possui no coração o desgosto

Por seu sentimento corrompido

E sozinho ele há de chora lívido.

(Gabriel de Alencar)