Ao final da meia noite
Meia noite, os peitos sedentos.
As mãos deslizam por entre corpos,
As bocas se estalam, as veias dilatam.
E dois corações se abraçam...
Meia noite, vejo-te a soluçar.
Um choro incontido a amar
A minha espera o meu rosto.
O meu amor ou o meu desgosto...
Meia noite, a noite é bela.
A criança está machucada.
- Tú não me amas mais?
- Não mais minha camélia.
Teu amor é flor sem cheiro
Uma mentira que cresceu
Em um coração vazio, deixando
Uma sensação desgradavel.
(Gabriel de Alencar)