Sino Irlandes
Um Sino badala na torre
Soa e depois morre
Prende a boca vultosa
Cheia de falas dengosas
E se refaz e se prende
Mistura-se, se desprende.
Sussurra singelo, Súbito.
A toar no óbito.
Antraz, antídoto, ambíguo,
De vorazes verdades. Vagas
Lembranças antigas, amargas.
Amantes antíteses e minguo.
Oh! Eteno do ébrio do reino.
Desfere o teu golpe em hino
E mistura o meu rum com teu vinho,
Depois morre como manda
Pela amada e meiga Irlanda
despindo-te do teu linho.
Gabriel de Alencar