domingo, 18 de maio de 2008

sino Irlandes


Sino Irlandes

Um Sino badala na torre

Soa e depois morre

Prende a boca vultosa

Cheia de falas dengosas


E se refaz e se prende

Mistura-se, se desprende.

Sussurra singelo, Súbito.

A toar no óbito.


Antraz, antídoto, ambíguo,

De vorazes verdades. Vagas

Lembranças antigas, amargas.

Amantes antíteses e minguo.


Oh! Eteno do ébrio do reino.

Desfere o teu golpe em hino

E mistura o meu rum com teu vinho,


Depois morre como manda

Pela amada e meiga Irlanda

despindo-te do teu linho.

Gabriel de Alencar

Por ti um sofrer Sincero



Por ti um Sofrer Sincero

Um pensamento te faz nascer

Para na vida entristecer meu semblante,

Fazer nascer das cinzas do amor

A prova da minha vida nesse rumor.


Esse murmúrio em voz tremula

Que me insinua a desgraça,

Vêem para mim como o vôo das garças

Destituídas de suas penas.


É obra da vida solidão maldita;

Que corrompem os verdadeiros princípios,

E os sentimentos tornam apenas resquícios

Misturados com meus lamentos.


Foi por minha maculas

Não por teu viver gracioso.

Foi por mim e somente para ti

Que me deixei levar pela tristeza,

Para que essa me ensine a verdade

Sobre teus sentimentos Incertos.


É na angustia que aprendi a te amar;

A mesma dor da qual murmuram os poetas,

Porem, não hei de chorar por isso,

Por que não haveria sentido sem por a prova

Sem o meu amor por ti prova no fogo.


Por ti minha bela amada

Irei carregar essa mancha, em nome Daquele.

Que num pensamento te fez nascer.

(Gabriel de Alencar)

Versos de um Tolo



Versos de um Tolo

Não ha nada de novo na vida

Apenas a mesma humilde ignorância

Em leito infame estagnada ânsia

Que desabrocha e se revela lívida


Pois nessa vida escarnecida.

Que o amor me acusa repugnância

Veêm-me à mente a maldita infância

Incompleta, hipócrita e esquecida.


Já ao verme amigo e irmão,

Seja entregue o corpo e o coração

Para que na vida termine a guerra


E em meio a essa ruína

Escorra o sangue podre da carnificina

Para libertar-me dessa terra.

Gabriel de Alencar