sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Ode a uma mulher


Ode a uma mulher


Não te exaltarei como uma rainha
Ou como primavera e flor
Mas apenas a nobre dor
De uma musa que não é minha

De baixo a cima, bordada
Sem nenhuma peculiaridade,
Coberta de diafaneidade
De uma típica mulher amada

Com seus defeitos e qualidades
Sem nenhum acréscimo
Do primeiro ao vigésimo
Com todas as mentiras e verdades

Se fica triste ela chora,
E quando demora,
Alguém aos poucos morre...


Gabriel de Alencar

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Infanticida


Infanticida

Vejo a sombra em seus olhos
A perpetuar na tua alma fugida...
Eu nunca vou me esquecer
Daquelas palavras vazias.

Sem perceber você esqueceu
Da promessa feita a uma criança.
De guardar em tua memória
Uma parte daquele pequeno coração...

E agora onde está o cheiro, os olhos
Onde está o toque daquela mão
Tão pequenina, tão calma.

Porque não lembraste
Da pobre criança pertubada,
A qual destes um sonho.

Gabriel de Alencar