terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Violeta


Violeta

O que será de minha sorte
Quando em minha mágoa te buscar
E não mais a ti encontrar.

O que será de mim; desse vazio
Que me maltrata e me mata
Aos poucos sem motivo, sem razão.

O que será das árvores, do sol
Quando o seu brilho de vida se perder;
Onde estará a beleza do jardim
Se a violeta não florescer.

O que será do inverno, do outono
Se não tombarem as folhas
E vir o frio e a neve.

O que será do meu ser
Quando não mais encontrar
As quatro estacões tão perfeitas
E onde irei achar outra flor
Que substitua a pureza da meiga violeta...




Gabriel de Alencar

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