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Passado
A menina ainda vive no passado
Na memoria o triste desdém...
Eu ainda vivo da sombra dela.
E a sombra sangra singela,
Mais só e pura;
Que a luz escura
De um sol de primavera.
Gabriel de Alencar
O rosto
É –me estranho esta faceNo espelho reflete disformeCom olhos fundos. Ainda dormeO disfarce.As vias do tempo não paramE aonde pararamOs meus nervos?O abrupto coração de pedra.Inda sangra despercebido.Inda sangrará inibidoComo a musica sem letra.As vias do tempo não paramE onde pararamOs meus medos?O tempo passa.O meu rosto novamenteDisfarçaE mente.(Gabriel de Alencar)