sexta-feira, 25 de junho de 2010

Passado


Passado

A menina ainda vive no passado
Na memoria o triste desdém...
Eu ainda vivo da sombra dela.
E a sombra sangra singela,
Mais só e pura;
Que a luz escura
De um sol de primavera.

Gabriel de Alencar

O rosto


O rosto


É –me estranho esta face
No espelho reflete disforme
Com olhos fundos. Ainda dorme
O disfarce.

As vias do tempo não param
E aonde pararam
Os meus nervos?

O abrupto coração de pedra.
Inda sangra despercebido.
Inda sangrará inibido
Como a musica sem letra.

As vias do tempo não param
E onde pararam
Os meus medos?

O tempo passa.
O meu rosto novamente
Disfarça
E mente.


(Gabriel de Alencar)