Ode a uma mulher
Não te exaltarei como uma rainha
Ou como primavera e flor
Mas apenas a nobre dor
De uma musa que não é minha
De baixo a cima, bordada
Sem nenhuma peculiaridade,
Coberta de diafaneidade
De uma típica mulher amada
Com seus defeitos e qualidades
Sem nenhum acréscimo
Do primeiro ao vigésimo
Com todas as mentiras e verdades
Se fica triste ela chora,
E quando demora,
Alguém aos poucos morre...
Gabriel de Alencar