terça-feira, 3 de março de 2009

Até que a mosca morra

Até que a mosca morra


Um sentido lógico eu devo pensar

Não o sei como mais devo fazer

Onde... Talvez não... Por quê?

O que trarei eu sozinho, aliás,

Não o sei por isso devo pensar...


Penso na teia no canto da sala;

Na mosca presa nela. Olho a sua angustia.

Pode ser como eu preso à minha mente.

Preso ao meu corpo, a minha dúvida.

Um não ter escolha de estar nela,

Ou de ir dela... Quem o sabe?


Preso a uma teia, ou talvez a mentira.

Quem sabe senão um sonho,

Ou realidade esquizofrênica.

Depende de mim ou da mosca?

Pensar em realidade, ou acreditar ser um sonho,

Tendo como a raiva da humanidade o escudo...


Esqueça-me no vinho.

Deixe-me afogar no meu monstro.

Até que a mosca morra no canto da sala,

Devo pensar, devo refletir.

Procurar talvez um meio de fugir dela,

Ou talvez prender-me a ela inda mais...

Como fui parar no canto da sala;

Isso é algo que eu não faço idéia...


(Gabriel de Alencar)

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