A perda
Já perdi a linha dos pensamentos
Que em minha cabeça se formavam
Perdi meus olhos diante desse espelho
De sombras. Sem reflexo perdi céu e mar,
Num pergaminho talvez ou então
Diante de um silêncio que soa em cada pagina vazia
De um livro que não possui uma sequer letra
E quando me mudo a cada novo sol mudo
E me prostro a cada lamento lunar
Onde vendaval de nuvens escuras
Não ousam turbar a face da lua.
Esgueiro-me entre as pedras em mim atiradas
Por aqueles que um dia meu coração
Que mesmo quando em dor estendi,
Para que sufocassem suas magoas...
Gabriel de Alencar
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