domingo, 18 de maio de 2008

sino Irlandes


Sino Irlandes

Um Sino badala na torre

Soa e depois morre

Prende a boca vultosa

Cheia de falas dengosas


E se refaz e se prende

Mistura-se, se desprende.

Sussurra singelo, Súbito.

A toar no óbito.


Antraz, antídoto, ambíguo,

De vorazes verdades. Vagas

Lembranças antigas, amargas.

Amantes antíteses e minguo.


Oh! Eteno do ébrio do reino.

Desfere o teu golpe em hino

E mistura o meu rum com teu vinho,


Depois morre como manda

Pela amada e meiga Irlanda

despindo-te do teu linho.

Gabriel de Alencar

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