Versos de um Tolo
Não ha nada de novo na vida
Apenas a mesma humilde ignorância
Em leito infame estagnada ânsia
Que desabrocha e se revela lívida
Pois nessa vida escarnecida.
Que o amor me acusa repugnância
Veêm-me à mente a maldita infância
Incompleta, hipócrita e esquecida.
Já ao verme amigo e irmão,
Seja entregue o corpo e o coração
Para que na vida termine a guerra
E em meio a essa ruína
Escorra o sangue podre da carnificina
Para libertar-me dessa terra.
Gabriel de Alencar
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