terça-feira, 14 de outubro de 2008

As três faces da mulher

(Triskle)
Ao longe paira na relva
Com uma face pálida e meiga
Como a águia em seus dias
De dor de angustia e reviver.
Lívida de lembranças a chorar
Em suas câmaras cefálicas
Esquecidas, mortas, dispersas.
Longe num pensamento...
Presa entre pestes agonizantes
Oh! Lembra ao menos.
- Confesso! A tua infância
Desfloraram nos meus braços.
A tua inocência menina,
Perdeu-se em meu toque
E as tuas labutas belas
Esquecera nos meus lamentos.
Sois e Luas resplenderam
Ao longe tão simples a findar
Tão febris alentos delicados,
Tão mornos olhares amados.

-Calai-te! E apenas suspira
O ar que esta noite esfria
E alenta-me com tuas birras.
Despe-te da Infância agora
E sonha o que sempre quis
Velando-te hei de ficar
A velar-te nesse sonho teu.
Meu amor e vivencia com a tua
Traga-o aos braços do pai
O amado filho meu.
Gabriel de Alencar

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