segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Infanticida


Infanticida

Vejo a sombra em seus olhos
A perpetuar na tua alma fugida...
Eu nunca vou me esquecer
Daquelas palavras vazias.

Sem perceber você esqueceu
Da promessa feita a uma criança.
De guardar em tua memória
Uma parte daquele pequeno coração...

E agora onde está o cheiro, os olhos
Onde está o toque daquela mão
Tão pequenina, tão calma.

Porque não lembraste
Da pobre criança pertubada,
A qual destes um sonho.

Gabriel de Alencar

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