sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Ode a uma mulher


Ode a uma mulher


Não te exaltarei como uma rainha
Ou como primavera e flor
Mas apenas a nobre dor
De uma musa que não é minha

De baixo a cima, bordada
Sem nenhuma peculiaridade,
Coberta de diafaneidade
De uma típica mulher amada

Com seus defeitos e qualidades
Sem nenhum acréscimo
Do primeiro ao vigésimo
Com todas as mentiras e verdades

Se fica triste ela chora,
E quando demora,
Alguém aos poucos morre...


Gabriel de Alencar

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