A Irlandesa
Mulher de face branda
De andar meigo e sorridente,
Que o sol faz turba demente
Para brilhar nos campos da Irlanda;
Mulher irlandesa de sois e mares
Nas praias a cantar em luares
Repousando a face delicada
Na terra da poesia amada.
Em canções foste contemplada
E em versos te descreveram,
E em tuas magoas estiveram
Os poetas da alvorada,
Que outrora respiraram
O mesmo ar que respirava,
Quando em pureza te demonstrava
Para os campos que te amaram.
Amaram-te as harpas e as flautas
De elfas, mulheres, fadas.
A deleitarem deslumbradas
Vendo os ardores de tuas labutas.
Gabriel de Alencar
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