terça-feira, 17 de junho de 2008

A Irlandesa




A Irlandesa

Mulher de face branda

De andar meigo e sorridente,

Que o sol faz turba demente

Para brilhar nos campos da Irlanda;


Mulher irlandesa de sois e mares

Nas praias a cantar em luares

Repousando a face delicada

Na terra da poesia amada.


Em canções foste contemplada

E em versos te descreveram,

E em tuas magoas estiveram

Os poetas da alvorada,


Que outrora respiraram

O mesmo ar que respirava,

Quando em pureza te demonstrava

Para os campos que te amaram.


Amaram-te as harpas e as flautas

De elfas, mulheres, fadas.

A deleitarem deslumbradas

Vendo os ardores de tuas labutas.

Gabriel de Alencar

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