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Ode a uma mulher
Não te exaltarei como uma rainhaOu como primavera e florMas apenas a nobre dorDe uma musa que não é minhaDe baixo a cima, bordadaSem nenhuma peculiaridade,Coberta de diafaneidadeDe uma típica mulher amadaCom seus defeitos e qualidadesSem nenhum acréscimoDo primeiro ao vigésimoCom todas as mentiras e verdadesSe fica triste ela chora,E quando demora,Alguém aos poucos morre...Gabriel de Alencar
Infanticida
Vejo a sombra em seus olhos
A perpetuar na tua alma fugida...
Eu nunca vou me esquecer
Daquelas palavras vazias.
Sem perceber você esqueceu
Da promessa feita a uma criança.
De guardar em tua memória
Uma parte daquele pequeno coração...
E agora onde está o cheiro, os olhos
Onde está o toque daquela mão
Tão pequenina, tão calma.
Porque não lembraste
Da pobre criança pertubada,
A qual destes um sonho.
Gabriel de Alencar