Sem Rumo
Ébrio nas calçadas do paraíso
Caminho rente o abismo
Da loucura e do riso,
Da perfidêz e mercenarísmo.
Redundantes são meus passos
Em cada coração de aço,
Que se sujeitam ao ridículo,
De tão repugnante vinculo.
Nisso! A mente vazia caminha,
Sem linha e campainha
Na porta da razão.
Esse épico raciocínio lógico da confusão.
Nos algarismos, na ciência o espiritualismo.
Tanto me assombra o velho mundanismo.
A minh'alma frágil de cristão...
(Gabriel de Alencar)
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