Pintura
Límpidos olhos, vagos, frios
E mansos olhares confusos,
Ao longe na alma, a calma, os sustos,
O anjo banhava nos rios
Na face quem o diria
Que a bela a criatura sorria.
Qual o poeta não daria a vida
Por uma memória tão vivida.
Sim! Nunca foi real,
Pois a bela criatura na pintura,
Com toda essa beleza pura;
Ainda me parece um animal.
(Gabriel de Alencar)
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