terça-feira, 22 de setembro de 2009

Pintura


Pintura


Límpidos olhos, vagos, frios
E mansos olhares confusos,
Ao longe na alma, a calma, os sustos,
O anjo banhava nos rios

Na face quem o diria
Que a bela a criatura sorria.
Qual o poeta não daria a vida
Por uma memória tão vivida.

Sim! Nunca foi real,
Pois a bela criatura na pintura,
Com toda essa beleza pura;
Ainda me parece um animal.



(Gabriel de Alencar)

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