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Orquestra de rosas
A rosa do poeta é o verso.
Rosas-verso em harmonia
Em cada acorde, em cada rima
Canção e poesia
Tocadas pelo maestro coração;
Um buquê de rosas...
Gabriel de Alencar
Dúvida
Não te importas comigo,
Mas não me dizes se me odeia;
Apenas me prendes nessa teia.
Na duvida de ser teu amigo.
Não me olhas com verdade,
Ou minha mente assim o diz;
Só me lembro que tudo o que fiz
Foi para ver um riso teu de sinceridade.
Que o poeta mais louco de amores o diga,
O quanto doi essa grande amiga;
Que todos chamam dúvida.
Já a mim, não mais me importa
Essa desgraçada rima torta
Da dúvida e a vida.
Gabriel de Alencar
Enquanto
Enquanto sorris muda
A escutar o som da chuva a cair,
Enquanto ainda calada como a branca lauda
Vê o som da vida surgir.
Enquanto nessa entreaberta manhã de chuva
Com as mãozinhas frias abraçadas numa luva
Como o sol entre as nuvens a abraçar
O doce orvalho das flores a desabrochar
Fita ao mesnos um olhar
Nesse branco-ciza a clarear
E lembra nem que seja por um segundo
Que um dia eu estive no teu mundo(Gabriel de Alencar)
O poeta e o pendulo
O pendulo oscila!E a noite segue peregrina e travessaUnindo-se ao poeta. Outra vez,Indignado tateio as pedras e lanço-as,Tentando acertar a lua...Ao oscilar do pendulo, pareço repetir na lembrança tuas faces,Uma após uma elas caem nos sonhos;Desligadas da sua realidade a parecerem ilusórias, Unidas nas sombras do sono.De repente fugi-me dessas pedras e,Como uma dessas sombras devassas no seu ultimo sonhoFiquei a esconder-me no teu coração de alguémA cobriu-me de lágrimas.Senti-me seguro e abracei esse coração,Era gentil e sereno, amei-o como nunca amara,Mas cometi um erro, voltei-me a tiE temi poder ser amado.Da empatia e inocência a loucura da ausência.O pobre coitado num coração falso,Viveu uma sombra;E amou uma ilusão. (Gabriel de Alencar)